A professora Ana Paula Salles Moura Fernandes, da Faculdade de Farmácia da UFMG, foi destaque mais uma vez por seus trabalhos relacionados à leishmaniose. Além do Prêmio da Fundação Péter Murányi, juntamente com o professor Ricardo Tostes Gazzinelli, a pesquisadora conquistou o Prêmio Bom Exemplo em Ciência pela descoberta, com sua equipe, da vacina contra a leishmaniose visceral.
A leishimaniose é considerada um problema de saúde pública mundial. Sua transmissão se dá por meio de pequenos insetos que picam cães e outros mamíferos infectados com o protozoário causador da infecção e os passam para as pessoas. A doença do tipo visceral (foco da vacina) oferece riscos aos homens afetando a pele, diversos órgãos internos, como baço, rim, fígado e medula óssea. A leishimaniose visceral pode ser fatal se não for diagnosticada e tratada rapidamente.
As pesquisas mostram que, com o medicamento desenvolvido pela equipe da professora Ana Paula, os animais passam a ter cerca de 96% de proteção. Um importante avanço para o Brasil, visto que a legislação determina que todos os cães diagnosticados com a doença sejam sacrificados para não representarem risco à população.
PARCERIA
Os estudos para a vacina contra a leishmaniose visceral são desenvolvidos no Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Vacinas (INCTV). A Fundep é uma parceira de longa data das iniciativas, que desde o início contam com a gestão administrativo-financeira da Fundação. “A expertise da Fundep no atendimento às instituições, oferecendo serviços exclusivos, ferramentas informatizadas e soluções diferenciadas em gestão de projetos, além de contar com uma equipe de profissionais especializados, permitem aos parceiros dedicarem o tempo na execução do objeto de suas pesquisas”, ressalta a analista de projetos Marina Bicalho.
Esta é a quinta edição do Prêmio Bom Exemplo, que é uma iniciativa da TV Globo Minas e da Fundação Dom Cabral, em parceria com a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e com o Jornal O Tempo.
Os estudos da UFMG sobre leishmaniose também já foram destaque no Jornal da Fundep.