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Atleta do CTE UFMG defende o Brasil nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 

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Atleta do CTE UFMG, Izabela Campos, defende o Brasil nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 

Websérie produzida pelo equipe de Redes Sociais da UFMG conta o dia-a-dia desde a preparação até a chegada aos Jogos Paralímpicos de Tóquio, em produção inclusiva e acessível para cegos. 

 

Bronze no Mundial de Atletismo de 2013, ouro e prata no ParaPan de 2015, no Canadá, bronze nas Paralimpíadas do Rio 2016. Essa é a trajetória de conquistas da belo horizontina Izabela Campos (@izabela.campos.73). A atleta paralímpica do Arremesso de Disco representa o Brasil e o Centro de Treinamento Esportivo (CTE/UFMG) nos Jogos Paralímpicos Tóquio 2020, que começam nesta terça-feira (24).

Atleta da classe F11 (para cegos), Izabela chegou a Tóquio tendo alcançado a marca de 35,60m, quando o índice exigido era de 35,41m. “A sensação (de ter conseguido o índice) é muito boa, porque já tem um ano e meio que a gente não competia. Então, a gente perdeu o ritmo de competição. E surgiu essa classificatória no CT Paralímpico em São Paulo. No primeiro lançamento, eu já consegui fazer o índice e foi emocionante. Foi um alívio”, declarou à época a atleta, que é a personagem da websérie inclusiva #IzabelaEmTóquio.

A produção é da equipe de Redes Sociais do Centro de Comunicação (Cedecom) da UFMG e está sendo veiculada pelo perfil da UFMG no Instagram (@UFMG).

 

 

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Webisérie Izabela em Tóquio

A websérie acompanha o dia-a-dia de Izabela desde seus treinos no CTE até seus primeiros dias nos Jogos Paralímpicos em Tóquio. Para permitir que internautas cegos compreendam as imagens, a produção usa a técnica da audiodescrição.  

Segundo o jornalista Gustavo Kinsky, “a audiodescriçãé uma técnica pouco utilizada e difundida, mas extremamente essencial para nós, cegos. Hoje a acessibilidade em smartphones, tablets e notebooks é extremamente prática e funcional. Além de possuírem recursos que nos permitem navegar em sites e aplicativos de forma bem satisfatória. Mas, ainda assim, encontramos dificuldades quando vamos assistir a um vídeo ou ver algum tipo de post que contenha uma imagem, pois não há nenhum programa que descreva de forma detalhada o que as pessoas que enxergam estão vendo”, informa.

A websérie conta ainda com imagens produzidas pela própria atleta, que é totalmente cega. Segundo Kinsky, “nossa intenção ao pedir para a Izabella fazer as próprias filmagens foi tentar mostrar as situações pela perspectiva dela. Uma pessoa cega costuma se atentar muito mais para o que está acontecendo a sua volta. Assim, pedimos que, quando alguma coisa chamasse sua atenção, que ela pegasse o celular, apontasse a câmera para o lugar de onde o barulho estivesse vindo e filmasse”.

O núcleo de Redes Sociais vai acompanhar Izabela em Tóquio enquanto a atleta estiver participando da competição. Sua primeira participaçãé no dia 30 de agosto. Tanto o CTE quando o Cedecom são projetos apoiados Fundep.

 

Acolhida no CTE

Atleta paralímpica, Izabela Campos teve perda gradativa de visão depois de contrair sarampo aos seis anos de idade. No esporte, dedicou-se ao atletismo. Antes de se destacar nas provas de campo, chegou a correr provas de 400 metros até cinco mil metros. A atleta já participou de duas Olimpíadas: antes do bronze na Rio 2016, alcançou a sétima posição no arremesso de peso nos Jogos de Londres de 2012.

Izabela integra o Projeto de Esporte Paralímpico, do Centro de Referência Paralímpico Brasileiro do CTE/UFMG, que tem o apoio do Ministério da Cidadania. Segundo a atleta, a estrutura do CTE permite que ela sonhe com uma medalha “a estrutura que encontro aqui é exatamente igual às melhores instalações nas competições oficiais”, esclarece.

O Centro de Treinamento Esportivo (CTE) da UFMG tem o apoio da Secretaria Especial de Esporte do Ministério da Cidadania; que financia os projetos Formação de Recursos Humanos e Desenvolvimento de Pesquisa Aplicados ao Esporte de Alto Rendimento e Esporte Paralímpico de Alto Rendimento: Formação de Atletas, de Recursos Humanos e Desenvolvimento de Pesquisa. Os projetos desenvolvem ações em modalidades olímpicas e paralímpicas, desde a iniciação esportiva até o alto rendimento, em Belo Horizonte e sua região metropolitana. 

Com Assessoria de Imprensa do CTE

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