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Imagem capturada no Centro de Microscopia da UFMG é uma das melhores fotos científicas de 2018, segundo a revista Nature

Postado em Ciência, Tecnologia e Inovação

O tupanvírus – maior vírus já identificado no planeta – foi descoberto por pesquisadores da UFMG, no Centro de Microscopia. A imagem do vírus gigante foi um dos destaques do ano para a revista científica

 
A revista Nature divulgou as principais fotos científicas de 2018. Entre elas, a imagem de uma descoberta brasileira, diretamente de Minas Gerais: do tupanvírus.

Genoma gigante – Recém-descoberto, o Tupanvirus foi encontrado nas amebas, possui tanto a cauda mais longa quanto o maior conjunto de genes envolvidos na produção de proteínas de qualquer vírus conhecido. Crédito: Credit: J. Abrahão et al./Nat. Commun.

 
O vírus é o mais gigante do planeta (50 vezes maior que os comuns) e não faz mal a seres humanos e a descoberta pode contribuir para desenvolvimento de testes e diagnósticos mais eficazes contra doenças como a dengue.
A imagem foi capturada no Centro de Microscopia da UFMG.
Clique aqui e veja as melhores imagens científicas de 2018 elencadas pela Nature.

Tupanvírus

O nome dado em referência a Tupã foi escolhido para intitular o maior vírus do mundo, descoberto por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Amostras de sedimentos da Bacia de Campos, no Rio de Janeiro e de lagoas salinas no Pantanal, em Mato Grosso do Sul, foram analisadas no laboratório do Centro de Microscopia da UFMG.

“A gente nunca imaginava que pudesse ser tão diferente, que pudesse ser tão grandioso o vírus que a gente conseguiu isolar. Então, assim, foi sensacional ver pela primeira vez aquele vírus todo diferente, com uma cauda, que nunca tinha sido descrito, daquele tamanho”, disse a pesquisadora Thalita Arantes.

Os supervírus são os maiores já encontrados no planeta. São dois muito semelhantes e que parecem microfones peludos. A descoberta foi publicada na revista científica britânica Nature Communications, em fevereiro de 2018. Clique aqui e acesse o artigo.

“Quando nós fizemos o sequenciamento completo, nós percebemos que, além da estrutura, que já era fantástica, o genoma era fantástico. Codificava genes nunca vistos antes no planeta. E cerca de 30% dos genes eram completamente novos”, disse o professor Jônatas Abrahão, professor pesquisador da UFMG.

Segundo os pesquisadores, os novos vírus chegam a ser 50 vezes maiores que os comuns. Os da dengue, zika e febre amarela são pequenininhos como uma cabeça de alfinete. Depois de três anos de estudo, a equipe descobriu que esses gigantes têm carga genética complexa, o que é de grande interesse científico.

Os supervírus são capazes de produzir proteínas, elementos biológicos bastante usados na identificação de doenças. Esse é o próximo passo da pesquisa do tupan. “A produção de proteínas é importante pra uma série de testes de diagnóstico pra doenças infecciosas. Então, alguns testes por exemplo pra detecção de anticorpos em pacientes que já tiveram dengue, já tiveram zika ou até mesmo febre amarela muitos são baseados na presença de proteínas”, explicou o professor Jônatas Abrahão. (Texto TV Globo)

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