Ao constatar que a maioria dos museus de Ciências se encontra nas grandes cidades e que isso é um dos fatores que dificultam as visitas de estudantes e jovens do interior do Estado, a professora da UFMG Tânia Margarida Lima Costa, que é diretora do Centro Pedagógico da Universidade, quis pensar em um projeto que solucionasse esse problema de forma inovadora. Surgiu daí a ideia de montar o Museu Itinerante Ponto UFMG. E o que isso tem de diferente? Ele vai funcionar sobre a estrutura de um caminhão-baú, ajustado com salas e ambientes interativos e tecnologias de ponta, e percorrer as cidades mineiras levando exposições, experimentos, oficinas e atividades culturais.
A Fundep tem um papel fundamental nesse projeto. A Fundação participa dos trabalhos desde a sua concepção, foi a responsável pela compra do caminhão e trabalha agora para a adaptação do veículo, com a instalação de salas e equipamentos e a preparação do museu para sua inauguração. Segundo a analista de projetos Waldênia Marcia da Silva, responsável pela gestão na Fundep, os trabalhos exigiram uma articulação interna na Fundação e o envolvimento intenso da Assessoria Jurídica e da Gerência de Compras. “O projeto é muito interessante e inovador e, por isso, exigiu esforços no sentido de realizar alinhamentos entre os objetivos propostos e as normas dos financiadores. Como o recurso vem de duas fontes (Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais e Ministério da Ciência e Tecnologia), foi preciso que trabalhássemos para que tudo estivesse dentro das normas e de acordo com os interesses da coordenação.”
Licitação
Toda a tramitação para contratação da empresa responsável pela fabricação e montagem do baú, além da decoração e instalação dos equipamentos e sistemas, foi realizada pela Gerência de Compras da Fundep. Segundo o analista Lúcio Júnio Amaral Silva, responsável pela operação, a identificação de empresas capacitadas para participar da licitação foi trabalhosa. “Poucas organizações no Brasil trabalham com a instalação de unidades móveis e um número menor ainda domina a tecnologia exigida pelo projeto. A proposta é utilizar o que há de mais inovador. Só para se ter uma ideia, as escadas para acesso ao museu serão semelhantes às usadas em aviões”, conta.
Lúcio explica que, como o espaço será composto por seis salas diferentes, cada uma com um tipo de decoração, equipamentos, sistema de luz e de som diferentes, a Gerência de Compras teve de prever tudo e fazer estimativa de preço. “Depois de todo o trabalho para entender a demanda, especificar todos os pontos necessários e buscar um fornecedor competente, a Fundep realizou a contratação e acompanha a execução dos serviços até a entrega e conferência. A empresa selecionada deve entregar o baú pronto e com todas as exigências solicitadas por volta do final de janeiro”, completa.