Coordenado pelo professor Fabrício de Araújo Moreira, do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), o projeto, cujos recursos são gerenciados pela Fundep, foi tema de reportagens publicadas no Correio Braziliense e no Portal Uai. Por meio da pesquisa, espera-se observar as funções da anandamida, que possui propriedades analgésicas, ansiolíticas e antidepressivas, semelhantes aos do THC, componente da espécie vegetal cannabis sativa – popularmente conhecida como maconha.
Futuramente, os resultados do trabalho poderão ser base para a indústria farmacêutica, possibilitando o uso terapêutico da substância, que é produzida pelo cérebro humano. Outra aplicação em análise é o uso da anandamida por pacientes que tratam a dependência química, funcionando como um substituto para a maconha em situações de abstinência e como alternativa para se evitar os efeitos nocivos da droga no organismo.
Em colaboração com o Instituto Max Planck de Psiquiatria de Munique (Alemanha) e com os departamentos de Neurociências e de Farmacologia da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto, o projeto envolve, ainda, o estudo do THC e de outras propriedades da cannabis sativa. A professora Daniele Aguiar também participa do estudo.
Parceria
Segundo a analista do projeto Denise Cristina Chaves Serpa, da Equipe de Gestão de Projetos UFMG II da Fundep, a dinâmica de trabalho permite que a Fundação possa atender às demandas do projeto sem complicações. “Respondemos pelas aquisições de materiais nacionais e importados necessários à pesquisa, principalmente equipamentos de laboratório”, explica.