O laboratório permite a coleta de dados e o controle remoto dos sensores ativos e passivos instalados no IPqM
No dia 17 de janeiro, o Centro Tecnológico da Marinha no Rio de Janeiro (CTMRJ) inaugurou no Instituto de Pesquisas da Marinha (IPqM) o “Centro de Solo” do Sistema Distribuído de Fusão de Dados para Aplicações Navais (SDFDAN), por meio de Acordo de Cooperação Tecnológica com a Embraer e a Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (FUNDEP), dentro da chamada pública Inovação Tecnológica nos Setores Aeroespacial, Defesa e Segurança (INOVA Aerodefesa) fomentada pela Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP).
Durante a inauguração estiveram presentes o Diretor do CTMRJ, Contra-Almirante Alfredo Martins Muradas, o Assessor-Chefe de Ciência, Tecnologia e Inovação da Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha (DGDNTM), Contra-Almirante Paulo Roberto, o ex-Diretor do IPqM, Contra-Almirante (EN) Luiz Carlos Delgado, o Diretor do IPqM, Contra-Almirante (EN) Ricardo Soares Ferreira, o Diretor nomeado do Instituto, Capitão de Mar e Guerra (EN) José Vicente Calvano e o Diretor de Desenvolvimento Tecnológico da Embraer, Daniel Moczydlower.
O Diretor do CTMRJ, Contra-Almirante Muradas, o Diretor do IPqM, Contra-Almirante (EN) Ricardo e oDiretor de Desenvolvimento Tecnológico da Embraer, Daniel Moczydlower, durante a inauguração oficial do laboratório
O Projeto do Sistema Distribuído de Fusão de Dados para Aplicações Navais (SDFDAN) tem por objetivo evoluir as tecnologias desenvolvidas de fusão de dados Multi Sensor Track(MST) e Multi Source Correlator (MSC) por meio da sua aplicação em campo, utilizando dados reais dos sensores navais. O SDFDAN permite fornecer uma visão situacional integrada do cenário operacional, de forma distribuída, através da utilização de um Enlace Automático de Dados.
Nesse ínterim, o Centro de Solo permite a coleta de dados e a fusão das informações oriundas de diversos sensores, ativos e passivos, instalados no IPqM e sítios fixos no entorno da Baía da Guanabara e, em mais 2 sítios móveis, posicionados conforme a necessidade. O laboratório e os sítios de sensores serão os legados a serem entregues ao IPqM ao fim do projeto, previsto para setembro deste ano.
A partir desta inauguração até o fim do projeto, o Instituto participará ativamente dos trabalhos de análise e integração dos dados obtidos dos diversos sensores (radares, câmeras e equipamentos de comunicação).
Como atividades da Embraer e do IPqM foram apresentadas a integração dos dados do projeto com o SCUA (Sistema de Consciência Situacional Unificada por Aquisição de Informações Marítimas) desenvolvido pelo IPqM para o ComOpNav (Comando de Operações Navais); a comparação de desempenho de algoritmos de fusão e rastreio de alvos radar desenvolvidos pela Embraer, com algoritmos desenvolvidos pelo IPqM e com soluções comerciais adquiridas de fornecedores internacionais; a instalação da versão SCUA mobile em equipamento telefônico móvel com elevados requisitos de segurança (em hardware e software) desenvolvido pela Embraer e a integração dos contatos submarinos detectados pelo VIPP (Vigilância e Informações Passivas em Portos), desenvolvido pelo IPqM ao projeto.
Este trabalho conjunto permite complementar as atividades de desenvolvimento da Indústria Nacional de Defesa e o IPqM no âmbito de detecção e rastreio de alvos, fusão de dados multiplataforma e sistemas de comando, controle e consciência situacional, acelerando a independência tecnológica do Brasil nas referidas áreas de conhecimento.
Fonte: Marinha do Brasil