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Diversidade do genoma brasileiro em destaque

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A pesquisa coordenada, na UFMG, pelo professor Eduardo Tarazona Santos, do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG, sobre diversidade genômica de populações brasileiras, ganhou destaque na revista da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos (Proceeding of the National Academy of Sciences, PNAS). O Projeto Epigen – Brasil, do Ministério da Saúde, é a maior iniciativa latino-americana para investigar a predisposição para o desenvolvimento de doenças complexas a partir da diversidade genômica de populações miscigenadas. Acesse o artigo aqui.

O estudo é realizado com a participação de 6.487 pessoas das cidades de Bambuí (MG), Salvador (BA) e Pelotas (RS), a fim de analisar os genomas africanos, indígenas e europeus que se mesclaram na composição da população brasileira. Nas cidades gaúcha e mineira, mais de três quartos do genoma dos moradores derivam de ancestrais europeus. Em Salvador, o quadro é mais equilibrado, com 50,8% de contribuição genética africana e 42,9% europeia.

Segundo as análises apresentadas no trabalho, apesar da mestiçagem, prevalecem as uniões entre pessoas com ancestralidade semelhante. “O Brasil nunca teve segregação como os Estados Unidos, mas nem por isso a mistura foi totalmente harmônica por aqui”, revela o professor Eduardo Tarazona.

O grupo de pesquisadores brasileiros, composto de epidemiologistas, geneticistas e estatísticos, também desenvolveu um método para, a partir dos dados da diversidade do genoma, contar a história e a dinâmica da miscigenação no Brasil.

Além da UFMG, o projeto envolve o Centro de Pesquisa René-Rachou da Fundação Oswaldo-Cruz, a Universidade Federal da Bahia, a Universidade Federal de Pelotas e o Instituto do Coração da Universidade de São Paulo.

Contratação via Fundep

A Fundep participou da etapa da pesquisa em que ocorreram os exames de varredura genômica, viabilizando a contratação da empresa americana responsável pela análise e mapeamento do DNA. “Montamos uma equipe especial de licitação para o processo, com a participação da Gerência de Compras (Gecom) e da Assessoria Jurídica (AJ), pois precisávamos elaborar um edital com especificações técnicas e garantia da qualidade do fornecedor”, explica Guilherme Soares de Matos, da Gerência de Importação (Geimp). Ele conta que todos os esforços foram implementados para que essa necessidade da pesquisa fosse contemplada com a melhor eficiência e menor custo do serviço, o que impactou de forma positiva no projeto como um todo.

Os estudos sobre o genoma também foram pauta do Jornal da Fundep.

O tema ganhou destaque também em reportagens na imprensa brasileira. Confira nos links abaixo:
Folha de S. Paulo
O Globo
Correio Braziliense

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