Com o aporte de recursos em projetos de implantação, modernização, ampliação e recuperação de infraestrutura física de pesquisa, a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) promove a consolidação de importantes espaços de inovação e criação do conhecimento científico e tecnológico. Por meio do CT-Infra, neste ano, serão disponibilizados até R$ 370 milhões para as instituições públicas de ensino superior ou de pesquisa aprovadas no edital 01/2013.
O período de submissão eletrônica da proposta – que deve ser única e pode conter até dez subprojetos por órgão executor – se encerra em 16 de maio e o envio do material impresso deve ser realizado até dia 17. Para atender o prazo, a Fundep, por meio da Gerência de Captação de Projetos (GCP), e a UFMG, com a Pró-reitoria de Pesquisa, vêm trabalhando desde março na elaboração da proposta, que conta com sete subprojetos.
Conforme cronograma do edital, o resultado preliminar deve ser divulgado a partir de 26 de agosto e o resultado final a partir de 25 de outubro de 2013. Os recursos aprovados podem ser utilizados no período de até três anos para execução dos subprojetos.
Valor máximo
A Universidade vai pleitear aproximadamente R$ 20 milhões, valor máximo permitido por instituição inscrita na chamada pública. Esse limite é estabelecido conforme o total de pesquisadores doutores vinculados ao órgão executor, que nesse caso deve ser igual ou superior a 901 profissionais, número suplantado pela UFMG.
Para selecionar os subprojetos que integram sua proposta institucional, a Universidade promoveu, entre junho e outubro de 2012, chamada interna para que todas as unidades acadêmicas pudessem identificar suas prioridades e submeter propostas de melhoria da infraestrutura para viabilizar iniciativas como a criação e a reforma de laboratórios e a compra de equipamentos.
Em detalhes
Para o cadastro no CT-Infra, é realizado um meticuloso trabalho de coleta e tratamento de dados, padronização de informações conforme os modelos e exigências da Finep. Entre outras informações, devem ser documentados: áreas de pesquisa favorecidas, valor dos investimentos em infraestrutura física, relação das equipes beneficiadas, currículos dos pesquisadores envolvidos, orçamentos, plantas das construções, projeto básico das obras e o relato de tudo que será efetivado.
“O levantamento dos orçamentos é feito pelos coordenadores de projetos, mas é nossa responsabilidade verificar se está tudo de acordo com o edital, se falta algum item e acionar o professor para solucionar pendências”, explica Kelly Ferreira, analista da Gerência de Captação de Projetos.
Histórico reforçado
Neste ano, o diagnóstico institucional – que identifica as vocações e competências da UFMG, a disponibilidade de recursos humanos e materiais, as atividades de pós-graduação e de pesquisa, o estágio atual do desenvolvimento da pesquisa e sua inserção no contexto de C,T&I, em consonância com os desafios da sociedade brasileira – vem recebendo atenção especial.
“A Universidade possui um histórico de destaque na consolidação das áreas de pesquisa, com expressivo número de patentes depositadas, processos de transferência de tecnologia, estruturação de laboratórios e programas de pós-graduação bem conceituados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). No modelo adotado neste ano para a construção da proposta, vamos evidenciar e aproveitar melhor essas informações para a conquista dos recursos solicitados”, afirma a gerente de Captação de Projetos da Fundep, Joice Soares.
“É a nossa proposta mais importante, pois está alinhada ao Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da Universidade, que traça diretrizes para o aprimoramento da UFMG, tanto no que diz respeito às estruturas para promover a inovação científica e tecnológica e desenvolver o conhecimento acadêmico, quanto em sua interlocução com a sociedade em geral”, avalia Joice.