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Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Nanomateriais de Carbono integra rede internacional de pesquisas em grafeno

Postado em Ciência, Tecnologia e Inovação

INCT Nanocarbono é o representante do Brasil em grupo que conecta cientistas de renome e instituições da Europa, Reino Unido, América do Norte, posicionando o país como referência na área

O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Nanomateriais de Carbono (INCT Nanocarbono) foi convidado a representar o Brasil na rede internacional de pesquisas em nanotubos, grafeno e materiais 2D. A iniciativa intitulada “From 1D Nanostructures to 2D Materials and their Heterostructures: Basics and Application – “Graphene and Co” (em português: “De Nanoestruturas 1D a Materiais 2D e suas Heteroestruturas: Fundamentos e Aplicação”) é coordenada por Instituições Científicas e Tecnológicas francesas.
Com dez anos de atuação, a rede visa, entre seus objetivos, promover eventos científicos de alto impacto e parcerias efetivas para educação e operações pedagógicas; facilitar e incentivar o intercâmbio de informações e documentação sobre o tema científico; identificar projetos de pesquisa comuns e estimular novas iniciativas. Como resultado direto dessas ações, o intuito é impulsionar inovações e antecipar futuras evoluções do campo.
A rede congrega e promove fortes conexões com cientistas de renome internacional da França, Itália, Suíça, Canadá, Bélgica, Grécia, Espanha, Alemanha, Reino Unido, Estados Unidos, Rússia e Finlândia. Com a representação do INCT Nanocarbono, o Brasil se une à essa parceria.

INCTNanocarbono

Sediado no Departamento de Física da UFMG, o INCT Nanocarbono tem outras 30 Instituições parceiras, em 10 estados do Brasil: em Minas Gerais, o CDTN, a UFJF, a UFU, a UFV, a UFTM, a UFOP, a Magnesita, a Intercement , a Vale e a Nacional de Grafite; no Rio de Janeiro, a UFF, a UFRRJ, a FioCruz, a UERJ, a UFRJ e a Petrobrás; em São Paulo, a USP, a CNPEM/LNLS, a UFABC, a UNESP e a Mackenzie; no Rio Grande do Sul, a UNIFRA e a FURG; a UFPR e a UTFPR no Paraná; a UFAL no Alagoas; a UFMS no Mato Grosso do Sul, a UFG em Goiás, a UFRPE em Pernambuco e a UFPB em Paraíba. A equipe consiste de 95 pesquisadores doutores, sendo 32 da Instituição-sede (UFMG).

O Instituto tem, entre seus objetivos: desenvolver e estimular investigações inéditas e relevantes na área de nanomateriais a base de carbono e de materiais bidimensionais; formar recursos humanos; transferir o conhecimento gerado na academia à sociedade e fortalecer a rede nacional de pesquisadores, que transcenderá as fronteiras e será impulsionada com a atuação na nova conexão com o grupo internacional.
Para o coordenador do INCT, Marcos Assunção Pimenta, pesquisador da UFMG e também coordenador do Centro de Tecnologia em Nanomateriais e Grafeno (CTNano), tornar global e conectar os esforços dos grupos de pesquisa só tem a potencializar e fomentar o progresso científico-tecnológico nacional. “Integrar essa rede internacional trará inúmeros benefícios ao nosso ecossistema da Pesquisa, Ensino e Inovação e posicionará ainda mais nosso país como destaque em geração de conhecimento, desenvolvimento e transferência de nanotecnologia no cenário mundial”, acredita Marcos Pimenta, complementando: “Os nanomateriais e o grafeno vêm despertado o interesse de comunidades científicas, acadêmicas e atores industriais em todo o mundo, pois é uma tecnologia muito versátil, ampla e tem impacto em vários setores. O Brasil não poderia ficar de fora, especialmente por contar com cientistas e Instituições de excelência e referenciados no campo. É fundamental que o Brasil participe dos fóruns de discussão e acompanhe os progressos e novidades que acontecem no mundo inteiro, buscando colaborações e interações”.

Nanoestruturas e grafeno – Brasil em destaque

Com o estudo das partículas em escala nanométrica – igual a um bilionésimo de metro –, cientistas podem manipular e organizar átomo por átomo para fazer combinações e obter estruturas com grau superior de qualidade, eficiência e produtividade. Dentre estes materiais se destaca o grafeno, que corresponde a uma folha de espessura atômica do grafite. É essa capacidade de criar materiais mais fortes que promove progressos em diversas áreas, posicionando a nanotecnologia como uma ciência estratégica para a economia e o desenvolvimento social. Com a versatilidade dos componentes, as possibilidades de aplicação parecem infinitas: do setor de informática, à agronomia e medicina, passando por diversos outros campos de aplicação, como eletrônica, geração e armazenamento de energia e compósitos.
O Brasil conta com iniciativas de destaque no campo, como o Centro de Tecnologia de Nanomateriais e Grafeno (CTNano). Coordenado pela UFMG, com a gestão Fundep, o Centro consiste em um complexo integrado, localizado dentro do Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-TEC). O edifício tem quatro pavimentos, mais de três mil metros quadrados e conta com 10 laboratórios com equipamentos de última geração, que atende demandas de diversas áreas de mercado, como petróleo, construção civil, energia, entre outras, e já conta com mais de 20 patentes depositadas. O CTNano trabalha com extração de grafeno do mineral grafita há muitos anos.

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