No dia 27 de agosto, às 15h, o evento Mulheres na Ciência chega a sua terceira edição e traz como participantes as pesquisadoras do Projeto Brumadinho UFMG, iniciativa que consiste em realizar chamadas públicas internas para seleção de subprojetos de pesquisa e extensão, supervisionar sua implementação e execução, além de coordenar as ações desenvolvidas para avaliação dos impactos do rompimento da barragem de rejeitos da mineradora Vale S.A. da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), ocorrida em janeiro de 2019.
O rompimento, ocorrido há dois anos, ocasionou a perda de vidas, além de outros impactos sociais, econômicos, infra estruturais e ambientais, sobretudo no Ribeirão Ferro-Carvão e no Rio Paraopeba. Em decorrência desse rompimento, a 2ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Belo Horizonte instituiu, junto à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), um comitê técnico-científico para identificar, caracterizar e avaliar os impactos do colapso, auxiliando, assim, os casos sob sua jurisdição.
As participantes desta edição, Natália Sátyro, Sheila Latchim e Paula Guimarães, fazem parte do projeto e trarão as suas percepções e aprendizados sobre a iniciativa e, também, sobre suas jornadas no meio da pesquisa.
O evento promovido pela Fundep – Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa – uma das principais gestoras de Ciência, Tecnologia e Inovação do país, fundação de apoio da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e mais de 30 Centros de Tecnologia e Pesquisa nacionais – em parceria com o State Innovation Center, tem a proposta de popularizar o acesso à pesquisa e desmistificar o que se relaciona a mulher que atua em âmbito científico, com diálogos constantes e trocas de informações com as participantes sobre a realização de projetos de impacto à sociedade.
Saiba mais sobre as participantes:
Natália Sátyro
É professora associada do Departamento de Ciência Política da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), bolsista de Produtividade do CNPq, doutora em Ciência Política pelo IUPERJ (2008) com pós-doutorado pela Oxford University (2016/2017). Atualmente é Coordenadora do Centro Interinstitucional de Análise de Políticas Sociais – CIAPSOc, do Grupo de Pesquisa de Políticas Públicas – GIPP da ALACIP (2015 – ) e co-convenor do Research Committee 39 “Welfare State and Developing Societies” da IPSA (2014 – 2023).
Ela também é editora da seção “Governança e Políticas Públicas” da Revista Sociologia & Política. Foi coordenadora do Programa de Pós-Graduação de Ciência Política da UFMG 2018-2020. Seus interesses de pesquisa incluem Estado de bem-estar, política de assistência social, programas de transferência de renda, desigualdade de renda e instituições políticas. Leciona e pesquisa no campo das políticas públicas, com ênfase na análise institucional, nas políticas sociais no Brasil e na América Latina.
Sheila Lachtim
É doutora em Ciências da Saúde pelo Departamento de Enfermagem em Saúde Coletiva da Escola de Enfermagem da USP (2018) e mestre em Ciências pela Escola de Enfermagem da USP (2010). Possui especialização em Saúde da Família pela UNIFESP (2011), graduação em enfermagem pela Escola de Enfermagem da USP (2005) e também é licenciada pela Faculdade de Educação da USP (2006). Atualmente é Professora Adjunto no Departamento de Enfermagem Materno Infantil e Saúde Pública da Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Atualmente participa do Projeto Brumadinho e também é membro do grupo de pesquisa “Fortalecimento e desgaste no trabalho e na vida trabalho: bases para a intervenção em saúde coletiva”.
Paula Guimarães
É arquiteta e urbanista pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), mestre em Arquitetura e Urbanismo pelo Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Minas Gerais (NPGAU/UFMG), e atualmente doutoranda pelo mesmo programa. Desde 2016, quando iniciou o mestrado, dedica-se à pesquisa acadêmica relacionada aos rompimentos de barragens de mineração ocorridos em Mariana (2015) e Brumadinho (2019), ambos no estado de Minas Gerais.
Nestes trabalhos, acompanha os encaminhamentos institucionais deflagrados por estes desastres e seus reflexos sobre as dinâmicas territoriais, a partir de análise documental, organização de banco de dados e sistematização da informação por meio de dispositivos gráficos. Em paralelo à pesquisa de doutorado, integra a equipe do projeto Plataforma Brumadinho UFMG, no qual é responsável pela sistematização de informações referentes aos processos judiciais que visam a reparação dos danos deflagrados pelo rompimento da barragem na Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho-MG. Desempenha neste projeto atividades com características multidisciplinares, como: análise documental do conteúdo dos processos judiciais; desenvolvimento e alimentação de banco de dados; desenvolvimento conceitual e gráfico da interface; e planejamento de projeto.
Mediadora:
Priscila Souza | É formada em Química Tecnológica e tem mestrado em Inovação Tecnológica pela UFMG. Atualmente trabalha no setor de Novos Negócios e Parcerias na Fundep, na estruturação de novas soluções com o intuito de conectar o conhecimento (por meio da Ciência) com as demandas da sociedade (mercado).
Mulheres na Ciência #3 | Pesquisadoras do Projeto Brumadinho
27/8 | 15h | Inscrições no Sympla: https://bit.ly/pesquisadorasbrumadinho