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Pesquisadoras negras participam da 5ª edição do projeto Mulheres na Ciência

Postado em Eventos C,T&I

Para a comunidade Mulheres na Ciência – coordenada pela Fundep em parceria com o State Innovation Center a consciência negra deve ser refletida no dia a dia e a luta antirracista deve ser feita em todos os ambientes, inclusive na ciência’. É justamente com esse objetivo que o próximo evento trará pesquisadoras negras de cinco instituições de ciência no país: Ana Cristina Juvenal Cruz (UFScar), Leonice Mourad (UFSM), Luciana Silva (Funed), Simone Evaristo (Inca) e Viviane Alves (UFMG). O encontro será realizado nesta sexta, dia 3/12, às 15h, com transmissão pela plataforma Zoom.

Atualmente, o percentual de mulheres negras doutoras e professoras em programas de pós-graduação é inferior a 3%. No país, são mais de 8 milhões de estudantes matriculados em instituições de ensino superior e deste total apenas 7% se declararam como negros (grupo que contempla pardos e negros pela classificação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE), abrangendo cerca de 610 mil pessoas, de acordo com o Censo do Ensino Superior de 2019, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

“A realização do evento Mulheres na Ciência é importante para dar maior visibilidade às pesquisadoras negras, fato que é essencial para que as crianças e os jovens no país vejam que é possível estudar e mudar o curso social por meio da educação. A população mais afetada por isso é a negra e me sinto honrada em estar com todas essas pesquisadoras”, conta Luciana Silva, co-fundadora da Liga de Ciência Preta Brasileira e chefe do Serviço de Biologia Celular da Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento da Fundação Ezequiel Dias (Funed), uma das participantes do próximo encontro.

Segundo a pesquisadora, a Liga de Ciência Preta Brasileira surgiu em março do ano passado, a partir de um chamado coletivo de pesquisadores pretos para apoiar e orientar a população negra, cuja os dados do começo da pandemia mostravam maior vulnerabilidade à ação do vírus e, também, por questões socioeconômicas e de saúde em função de comorbidades desencadeadas por esse processo.

“Nós víamos também que faltava representatividade na mídia e nas redes sociais de pesquisadores negros para falar a respeito da pandemia. A doença estourou em todo mundo e muita gente precisava de orientação sobre o que era pandemia, o vírus, a forma como tinha acontecido, entre outros pontos. Percebemos que a gente também precisava ocupar esse espaço e dar voz para vários pesquisadores nesse país inteiro”, relembra Luciana.

Conheça as participantes que estarão na roda de conversa e, que junto à Luciana, trarão os seus lugares de fala, representando os estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo:

 

Ana Cristina Juvenal Cruz | Professora Adjunta e integrante do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da UFSCar (NEAB-UFSCar)

Professora Adjunta na UFSCar, integra o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da UFSCar (NEAB-UFSCar) e é Diretora do Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH / UFSCar). É coordenadora do GT 21 Educação e Relações Étnico-Raciais da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação – ANPEd, gestão 2020-2021. Desenvolve estudos e pesquisas na área de educação com ênfase em relações étnico-raciais, estudo e ensino das histórias africanas e afro-brasileiras e da diáspora negra.

Leonice Aparecida de Fátima Alves Pereira Mourad | Professora do Departamento de Metodologia do Ensino, docente e Coordenadora do Mestrado Profissional em Ensino de História da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Bacharela em Direito, Bacharela em Ciências Sociais, Bacharela em Serviço Social; Licenciada em História, Licenciada em Geografia, Licenciada em Educação do Campo, Licenciada em Pedagogia, Licenciada em Letras, Licenciada em Filosofia. Tecnóloga em Agricultura Familiar e Sustentabilidade. Tem especialização em Metodologia do Ensino Superior e Serviço Social. Mestre e Doutora em História da América Latina. Mestre e Doutora em Geografia.

Mestranda em Políticas Públicas e Gestão Educacional. Atualmente é professora do Departamento de Metodologia do Ensino da Universidade Federal de Santa Maria, docente e Coordenadora do Mestrado Profissional em Ensino de História, docente do Mestrado Profissional em Ensino de Geografia. Tem experiência em ensino, pesquisa e extensão com temáticas de Educação, Ciências Sociais, História, Direito, Geografia e Ciências Agrárias Sociais.

Luciana Maria Silva Lopes | Chefe do Serviço de Biologia Celular da Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento da Fundação Ezequiel Dias (Funed)

Bióloga pela Puc-Minas, possui mestrado em Ciências Técnicas Nucleares e doutorado em Biologia Celular pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Tem experiência na área de Morfologia, com ênfase em Citologia e Biologia Celular, atuando principalmente nos seguintes temas: Biologia Celular, Cultivo in vitro de células animais, Cultura primária de células, câncer, medicina translacional, células-tronco do câncer, heterogeneidade celular, “Scale-up” de células animais para produção de produtos biológicos.

Pesquisa de vias de sinalização celular relacionados a quimio-resistência e agressividade dos tumores humanos para descoberta de novas drogas ou novos alvos de drogas. Atualmente é chefe do Serviço de Biologia Celular da Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento da Fundação Ezequiel Dias e sócia-fundadora da startup OncoTag que atua na Pesquisa e desenvolvimento de produtos e serviços oncológicos.

 

Simone Maia Evaristo | Presidente da Associação Nacional de Citotecnologia e pesquisadora da Seção Integrada de Tecnologia em Citopatologia da Divisão de Patologia do Instituto Nacional do Câncer (Inca)

Bióloga, formada pela Universidade Gama Filho, especialista em Citologia Clinica pela UFRJ e mestre pela UNIRIO. É membro da Sociedade Latino Americana de Citopatologia, presidente da Associação Nacional de Citotecnologia e já foi Fellow da International Academy of Cytology. Trabalha na Seção Integrada de Tecnologia em Citopatologia da Divisão de Patologia do Inca, no monitoramento da qualidade em citopatologia. Atualmente coordena o SIG-CT (grupo de discussão especial em Citotecnologia) dentro do GT (grupo de trabalho) da Telemedicina da CPLP (Comunidades dos países de língua portuguesa) na RUTE (Rede Universitária em Telemedicina).

 

Mediadora:

Viviane de Souza Alves | Professora do ICB UFMG e co-fundadora da Liga de Ciência Preta Brasileira

Graduada em Ciências Biológicas e mestre em Microbiologia pela UFMG. Doutora em Ciências pela UNIFESP. Tem pós-doutorado pela UNiFES, FIOCRUZ- PE, FIOCRUZ- MG e Brown University – USA. É professora do Departamento de Microbiologia do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG, desde 2010. Divulgadora de ciências, coordena o projeto de extensão @microUFMG nas redes sociais. É também coordenadora e podcaster do MicroBios apoiado pelo Instituto Serrapilheira. Além disso, é embaixadora do Parent in Science e co-fundadora da Liga de Ciência Preta Brasileira.

 

 

 

Serviço:

Mulheres na Ciência #5 | Pesquisadoras pretas

03/12 | 15h | Evento online e gratuito

Inscrições: https://www.sympla.com.br/mulheres-na-ciencia-5-pesquisadoras-pretas__1424225

Transmissão: Zoom

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