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Reconhecendo trabalhos e estimulando pesquisas

Postado em Notícias da Fundep

Anualmente, a UFMG realiza o Grande Prêmio UFMG de Teses. O evento integra o Prêmio UFMG de Teses e destaca os melhores trabalhos de doutorado em três áreas do conhecimento: Ciências Agrárias, Ciências Biológicas e Ciências da Saúde; Ciências Exatas e da Terra e Engenharias; Ciências Humanas, Ciências Sociais e Aplicadas, Linguística, Ensino de Ciências e Letras e Artes.

Em sua sexta edição, o Grande Prêmio UFMG de Teses 2012 teve solenidade realizada em 19 de outubro. Medalhas e diplomas foram concedidos para as autoras das melhores teses defendidas em 2011.

Presenteadas pela Fundep

Complementando o Grande Prêmio, a Fundep agraciou as pesquisadoras com um laptop. Elas compareceram na Fundação dia 8 de novembro. Os computadores foram entregues pelo diretor de Desenvolvimento Institucional, professor João Furtado. “Essa premiação é importante especialmente porque apoia, por outra via, o trabalho do pesquisador e oferece um estímulo para que ele prossiga com a atividade investigativa”, afirma o professor, complementando: “Esperamos que as premiadas sejam induzidas a galgarem patamares cada vez melhores e um dia venham a ser coordenadoras de projetos na Fundep, e nós as receberemos de braços abertos. A Fundep atua principalmente para apoiar e induzir o fomento da atividade científica da UFMG”.

Teses vencedoras

A bióloga Caroline Junqueira foi destaque com a tese “Clone não patogênico de Trypanosoma cruzi expressando antígeno tumoral como vetor vacinal contra o câncer”. Sob a orientação do professor Ricardo Gazzinelli, foi desenvolvida uma nova tecnologia de vetores de vacina contra câncer. “Por não ser reconhecido como um intruso, o tumor não ativa o sistema imune de modo eficiente. Nesse sentido, propomos uma vacina com o parasita causador da doença de Chagas, o T. cruzi, atenuado, pois ele induz uma imunidade exatamente como gostaríamos para combater um cancêr”, explica Caroline. De acordo com ela, pela primeira vez um parasita foi usado como um carreador vacinal. E é por essa ousadia que a pesquisadora atribui a conquista de uma das melhores teses da Universidade. “Acredito que o trabalho foi destaque pela coragem de ter investido em uma ideia controversa e pela possibilidade de vislumbrar um cenário positivo”, conta.

Com a tese “Degradação oxidativa de compostos orgânicos em meio aquoso por via catalítica heterogênea com magnetita e goethita dopadas com nióbio”, a química Diana Oliveira conquistou a premiação. A pesquisadora contou com a orientação do professor José Domingos Fabris. O objetivo era produzir novos materiais que poderiam ser importantes ferramentas para a destruição de poluentes orgânicos presentes em água. “Preparei dois materiais que tinham nióbio na estrutura. Até então não tinha relato na literatura do uso desse elemento metálico para a catálise ambiental”, conta. “O Brasil é o maior produtor e possuir a maior reserva de nióbio do mundo, sendo a maior parte localizada em Minas Gerais. Por isso, existe um grande interesse das empresas para a descoberta de novos usos e aplicações para esse elemento”, afirma Diana, apontando uma relevância da pesquisa, além do apelo ambiental.

A pesquisadora Maya Mitre também foi vencedora com a tese “Ciência e Política na era das novas biotecnologias: Uma análise do marco regulatório brasileiro à luz de outras experiências”, sob a orientação do professor Bruno Reis. Entre os eixos do trabalho, estudou-se as peculiaridades das pesquisas, por exemplo, de células-tronco – que foram julgadas constitucionais – enquanto temas da política. “Queria entender quais os dilemas éticos e políticos específicos desse tipo de pesquisa que os diferenciaram, por exemplo, das questões do aborto, que são inconstitucionais. E investiguei também casos de outros países”, explica. Outro ponto da pesquisa foi analisar as temáticas da ciência perpassando pela política. “A ideia foi entender como no Brasil e em outros países houve a definição se o tema era da ciência ou da política, o que significava quando esses campos entravam em conflito, se as decisões deveriam ser tomadas por cientistas ou por políticos e pela sociedade civil, entre outros fatores”, diz.

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