Evento realizado dia 16/04 reuniu autoridades políticas e representantes das instituições parceiras e pesquisadores
A nova sede do Centro de Tecnologia em Nanomateriais e Grafeno (CTNano) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) foi inaugurada no dia 16 de abril, no Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-TEC). O espaço conta com estrutura integrada para proporcionar ainda mais eficiência e ampliação das atividades do Centro, o que vai posicionar ainda mais a Universidade, Minas Gerais e o Brasil como referências no desenvolvimento e transferência de tecnologia na área de nanomateriais e grafeno. O projeto contou com o apoio de empresas e instituições como Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Petrobras, InterCement, Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig); além do BH-TEC, a UFMG e a Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep).
“Este é um momento muito especial, que mostra essa conexão entre universidade, poder público e iniciativa privada, na formação de uma sinergia tão importante para o nosso país e para o nosso estado”, ressaltou a Reitora da UFMG, professora Sandra Regina Goulart Almeida. Segundo ela, arranjos que reúnem universidade, governo e iniciativa privada – como o que viabilizou a construção da nova sede do CTNano, são a solução para a crise financeira do país. Mesmo em países desenvolvidos, “não se faz pesquisa sem investimento público”.
Conexões para a pesquisa e desenvolvimento
A solenidade de inauguração da nova sede, localizada no Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-TEC), contou com a presença de cerca de 300 convidados, entre eles pesquisadores, autoridades políticas e representantes das instituições parceiras.
Ao abrir a cerimônia, o coordenador geral do CTNano/UFMG, professor do Departamento de Física da UFMG, Marcos Pimenta, explicou o que são explicou o que são os nanotubos de carbono e o grafeno, falou da origem das pesquisas em nanomateriais e da história do CTNano. Segundo ele, o Centro, que trabalha na interface entre a academia e o setor industrial com apoio do setor público, captou, até o momento, cerca de R$ 46 milhões, dos quais, 52% vieram do setor privado (que, nesse arranjo, inclui a Petrobras), 45% de fontes governamentais da esfera federal e 3% do governo estadual. “Está na hora de aumentar a participação do Governo do Estado no financiamento desse Centro”, afirmou Pimenta. A Fundep realiza a gestão dos projetos do CTNano e participou ativamente da execução da obra do prédio. “Apoiando o desenvolvimento dos projetos, a Fundep atua como agente conectora no ecossistema de ensino, pesquisa e inovação, contribuindo para a interface entre universidade, governo, iniciativa privada e sociedade”, conta o professor Alfredo Gontijo de Oliveira.
O coordenador de operações do CTNano, Lucas Campos Moreira, explicou que estão entre os objetivos do Centro transferir tecnologia para a indústria, tornar mais dinâmico o processo de levar para a sociedade o conhecimento gerado na pesquisa, gerar spin-offs, formar recursos humanos e prestar serviços especializados. “É possível alcançar esses objetivos por causa do que chamamos de tríplice hélice: a tecnologia da universidade atendendo as demandas da indústria e contando com apoio governamental”, explicou ele, informando que a expectativa é que o mercado mundial de nanomateriais, que era de mais de US$ 48 bilhões em 2017, vai triplicar até 2024.
“Esse empreendimento é exatamente a direção de gerar riqueza para o estado e para o país. O mecanismo mais eficiente que temos hoje é o de agregar valores aos produtos e a melhor forma é transformar conhecimento e inovações e transferir isso em prol da sociedade”, disse o presidente do BH-TEC, Roberto Bigonha. Também participaram da inauguração, o gerente setorial no Departamento de Indústrias de Base Extrativas do BNDES, Pedro Paulo Dias; o gerente Executivo do Cenpes/Petrobras, Orlando José Ribeiro; e o diretor de Inovação, Pesquisa & Desenvolvimento e Qualidade da InterCement, Carlos José Massucato.
O diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da Fapemig, Paulo Sérgio Lacerda Beirão, destacou a importância do financiamento público para pesquisas em etapas embrionárias, quando ainda não é possível vislumbrar seus desdobramentos, e comentou que a Fundação apoiou desde o início o projeto que deu origem ao CTNano. “Se apostarmos que esse tipo de modelo pode ser a base para o desenvolvimento econômico e social do nosso país e do nosso estado, certamente colheremos frutos, embora não sejam imediatos”, observou.
“A nova sede do CTNano é a formalização de um local onde a gente tem toda condição de laboratório e de pesquisadores que são referências, tanto na formação de cientistas quanto no desenvolvimento de tecnologias que são aplicadas a diversos segmentos. É uma iniciativa que precisamos apoiar, valorizar e dar ênfase, que mostra muito o potencial de Minas”, diz o subsecretario de Ciência, Tecnologia e Inovação do Governo de MG, Victor Becho.
A reitora Sandra Goulart Almeida disse, ainda, desejar que a filosofia por trás do CTNano se expanda para outras áreas. “Estamos colhendo os frutos de um trabalho de pesquisadores, do Estado e também da iniciativa privada, que investiram maciçamente nesse projeto. Parabenizo o professor Marcos Pimenta e toda a equipe por esse belíssimo empreendimento e pela sensibilidade para unir esses polos. Para sair dessa crise, é esse o caminho”, reiterou. Ao lembrar que os Estados Unidos, país sempre citado pela alta taxa de transferência de tecnologia, têm 60% de sua pesquisa financiada por recursos públicos, a reitora ponderou que não há como fazer pesquisa de ponta “sem esse investimento sustentável e sustentado”.
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Assessoria de Comunicação Fundep
Com informações da UFMG