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Sede do CTNano está em construção no BH-TEC

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Teve início, em outubro, a construção do edifício que será sede do Centro de Tecnologia em Nanomateriais (CTNano). O prédio ocupará 3050 m² no Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-TEC). Os quatro andares do edifício serão dedicados à produção e pesquisa em nanomateriais, como os nanotubos e o grafeno, além das atividades de apoio. O empreendimento é fruto de um financiamento feito em parceria com o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), a Petrobras e a InterCement.

O CTNano foi concebido em 2009 e, desde então, desenvolve atividades, que visam intensificar a produção nacional de nanotubos de carbono e grafeno por meio da aproximação entre pesquisa acadêmica e iniciativa privada, são realizadas em uma instalação provisória, cedida pela UFMG. Para o professor Marcos Pimenta, coordenador geral do CTNano, a sede é fundamental para que o projeto inicial seja executado por completo. “Hoje, trabalhamos em condições precárias, em espaço provisório muito reduzido. A construção significa a oportunidade de compra de novos equipamentos e expansão da equipe”, afirma. Espera-se que, com o novo espaço, a produção de cada linha de pesquisa cresça de três a cinco vezes.

Atualmente, o Centro de Tecnologia opera a partir de fundos de um financiamento com objetivos restritos. A conquista exerce impacto na sobrevivência da instituição a longo prazo. “Pretendemos dar continuidade ao projeto, com a ampliação do escopo de atuação do CT, incluindo a pesquisa de outros tipos de nanomateriais”, esclarece Pimenta.

A Fundep realiza a gestão administrativo-financeira do CTNano e apoia, também, diversas iniciativas dos professores Marcos Pimenta e Glaura Goulart Silva relacionadas à utilização de nanomateriais de carbono.

Produção de alto valor agregado

O CTNano atua em cinco frentes de trabalho relacionadas ao aprimoramento de propriedades de materiais, como resistência mecânica, a partir de uma mistura muito homogênea com as estruturas de carbono em escala nanométrica (nanotubos e grafeno). Focado no desenvolvimento de produtos de alto valor agregado, o CTNano também colabora para que a pesquisa desenvolvida na universidade evolua para além da geração de conhecimento, impactando positivamente na balança comercial do país.

Para o tipo de produto desenvolvido no CTNano, é necessário que sejam feitos testes de reprodutibilidades de propriedades e de impacto no meio ambiente, entre outros, para que a tecnologia tenha chances de entrar no mercado. ?No ambiente do Parque Tecnológico, o CTNano dispõe de uma proximidade proveitosa com os atores do mercado e empresas, e as parcerias firmadas colaboram para que as etapas limitantes da pesquisa sejam vencidas?, explica o coordenador.

Desde o início do projeto do CTNano em 2010, foram 42,6 milhões de reais captados, e sua experiência pode ser vista em números: até hoje, foram 25 patentes depositadas em nanomateriais, e a instituição conta com uma equipe de mais de 50 pessoas, além de ter contribuído para a formação de mais de 200 pesquisadores da área.

Expectativa positiva

Para o Diretor do BH-TEC, professor Ronaldo Penna, o novo prédio do CTNano corresponde a um segundo momento do Centro no Parque, e é grande a expectativa de ver o projeto funcionar por completo. ?O CTNano sintetiza o esforço que vai ao encontro dos objetivos do BH-TEC, no sentido de transbordar a excelência científica em benefício para a sociedade por meio de produtos e serviços. Para o Parque, O CTNano é um empreendimento estratégico já que a indústria poderá explorar um setor novo no país?, afirma.

Fonte: com informações da Fapemig

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