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De sede nova, CT Nano ganha mais impulso como plataforma de desenvolvimento e transferência nanotecnológica

Postado em Ciência, Tecnologia e Inovação
Equipe do CT Nano em frente ao novo prédio-sede

O Centro de Tecnologia de Nanomateriais e Grafeno (CT Nano) é reconhecido pelo pioneirismo no Brasil e por intensificar o desenvolvimento tecnológico de produtos, processos e serviços a partir das classes de materiais de estrutura nanométrica, de destacada importância estratégica para a competitividade da indústria nacional. Articulando o conhecimento produzido na Universidade e sua aplicação no setor industrial, o Centro de Tecnologia atua em projetos que atendem a demandas de diversas áreas de mercado, como petróleo, construção civil, energia, entre outras.
Coordenado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o CT Nano tem diferentes áreas de atuação relacionadas ao aprimoramento de propriedades químicas e físicas de materiais a partir do uso de nanomateriais de carbono, que são os nanotubos e o grafeno. De acordo com o coordenador geral, professor Marcos Pimenta, o Centro tem mais de 20 patentes depositadas, entre as quais há tecnologias de destaque, como a que propõe uma nova forma de produzir cimento. A partir da mistura de nanotubos de carbono aos grãos do cimento, gera-se um produto muito resistente e barato. Outra patente provém de uma pesquisa que propõe a mistura de grafeno ou nanotubos a polímeros. Essa mistura melhora as propriedades mecânicas do material, deixando-o muito mais resistente.

Ainda mais eficiência na nova sede

O CT Nano atua em espaços provisórios desde 2013 e, agora, está em processo de mudança o prédio-sede – um edifício com quatro pavimentos e aproximadamente três mil metros quadrados – dentro do Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-TEC).
A expectativa do prof. Marcos Pimenta, do Departamento de Física da UFMG, é que o funcionamento na nova sede proporcionará mais eficiência aos trabalhos do Centro. “Com uma área maior, teremos condições de trazer novos equipamentos, centralizar os pesquisadores em um só lugar e, assim, aumentar nossa capacidade de produção”, comemora.

Parcerias que viabilizam

A Fundep realiza a gestão administrativo-financeira das pesquisas e obra da sede do Centro. “O primeiro projeto iniciado em 2014 é financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), pela Petrobras e pela InterCement. Os recursos captados são de R$36 milhões, incluindo a construção do edifício sede. Atualmente, o CTNano já captou recursos de diversas outras fontes, como das agências de fomento Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), somando um recurso captado de R$ 42,6 milhões”, informa a analista de projetos Ana Eliza Braga. Para ela, o projeto é desafiante e mais uma oportunidade de a Fundep participar de um avanço relevante para a ciência no Brasil. “Estamos atuando com uma gestão ampliada, com expertises integradas e focada em soluções. E, tenho que dizer, temos sido exitosos porque a nossa equipe de obras e os demais colaboradores envolvidos da Fundep são extremamente dedicados. ”
Para o prof. Marcos Pimenta, a atuação da Fundep foi essencial e fundamental para que o CTNano chegasse onde hoje chegou. “A gestão eficiente do projeto Funtec (BNDES, Petrobrás e InterCemet) possibilitou que a transferência de recursos pelos financiadores sempre ocorresse em tempo hábil ao longo dos últimos anos, já que a equipe da Fundep sempre conseguiu atender às questões técnicas, fiscais e legais exigidas pelos financiadores. O papel da Fundação como a construtora do prédio da sede do CTNano foi determinante para que a obra fosse realizada dentro do limite orçamentário. A gestão de um projeto como o CTNano só é possível graças à atuação de Fundações como a Fundep”.
A equipe do CT Nano já iniciou a mudança para a nova sede. A cerimônia de inauguração será realizada nos próximos meses.

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