A segurança pública é um dos principais desafios ao estado no Brasil. Considerado uma das pessoas mais capacitadas para discutir sobre o tema, o professor e sociólogo Claudio Beato – coordenador do Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública (Crisp) da UFMG – concedeu uma entrevista à Revista Veja sobre essa questão fundamental.
Há anos, Beato tem se dedicado a compreender as milícias, que são as quadrilhas formadas por policiais e ex-agentes. Esse fenômeno tem contornos próprios no Rio e, assim como o tráfico, os bandos dominam bairros inteiro, torturam, matam e expulsam pessoas de suas casas.
Nas páginas amarelas
Na entrevista, o professor apresenta uma perspectiva mais realista sobre a situação da segurança pública fluminense e de outros estados; comenta os entraves da questão; e exemplifica casos de outros países, como o da Colômbia, onde iniciativas do estado reduziram a atuação de milícias e o índice de criminalidade.
As redes de controle social, como Organizações Não Governamentais (ONGs) e associações, são fortes contribuintes para a redução de incidências e instituições criminosas. Nesse sentido, o professor Claudio Beato ainda cita na entrevista o programa Fica Vivo!, que, em parceria com a Secretaria de Estado de Defesa Social de Minas Gerais, promove cursos, atividades culturais e de formação profissional para jovens em comunidades carentes. Segundo Beato, com as iniciativas, os homicídios da capital mineira caíram pela metade desde 1998.
O programa Fica Vivo! conta com a gestão administrativo-financeiro da Fundep, assim como diversos outros projetos coordenados pelo professor Claudio Beato e a maioria das iniciativas realizadas pelo Crisp.
Confira a entrevista na íntegra no acervo digital da Veja. (Busque edição 2247, de 10 de dezembro de 2011)
A entrevista também foi comentada no Blog dos Colunistas, no site da Veja.