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UFMG e Ministério da Saúde lançam curso em Telessaúde

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O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, participou do lançamento do Curso Internacional de Formação em Telessaúde no dia 10 de abril. A cerimônia aconteceu no auditório do Centro de Tecnologia em Saúde (Cetes), localizado no 6º andar da Faculdade de Medicina da UFMG. A iniciativa é voltada para a formação de 387 dirigentes de ministérios da Saúde e de universidades de 16 países latino-americanos: Brasil, El Salvador, Argentina, México, Colômbia, Equador, Chile, Venezuela, Peru, Uruguai, Guatemala, Costa Rica, Bolívia, Panamá, Guiana e Suriname.

O curso é estruturado e coordenado pelo Centro de Tecnologia em Saúde da Faculdade de Medicina da UFMG, juntamente com Ministério da Saúde, Rede Universitária de Telemedicina/Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RUTE/RNP), Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Prefeitura Municipal de Belo Horizonte e Hospital das Clínicas da UFMG. O financiamento é do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

O ministro Alexandre Padilha destacou os benefícios da telessaúde. “A discussão de casos clínicos é uma prática cotidiana entre médicos nos hospitais. Com a telessaúde, nós alargamos o espaço para essa prática, possibilitando a troca de opiniões e informações no ambiente virtual”, explicou. Segundo ele, o grande desafio para a consolidação do SUS é a fixação de médicos em áreas remotas. “A carência de profissionais em regiões mais pobres e sem estrutura é um problema grande. A telessaúde é um instrumento poderoso para driblar essa condição, pois dá mais segurança aos médicos”, afirmou, ressaltando que a troca de experiências com países vizinhos pode ajudar na busca de soluções para problemas comuns.

Adson França, representante da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, fez uma exposição do quadro atual da telessaúde no Brasil. Ele enfatizou a redução dos deslocamentos, do tempo de atendimento e das filas, minimizando custos e aumentando a qualidade do serviço de saúde. Por outro lado, apontou desafios. “O acesso à Internet ainda é uma dificuldade em certas localidades. Mas o Ministério das Comunicações já anunciou metas para aumentar a banda larga em todo o território nacional”, ressaltou.

PARCERIA E INTEGRAÇÃO

Primeiro a discursar, o diretor da Faculdade de Medicina da UFMG, Francisco Penna, ressaltou a contribuição que a instituição tem dado para o desenvolvimento da saúde no Brasil e sublinhou as importantes relações com o Ministério da Saúde. “Essa é a faculdade que mais forma médicos no país. São 320 por ano. E junto com o Ministério estamos desenvolvendo projetos de grande impacto social, como a ampliação da triagem neonatal e a formação permanente de profissionais atuantes na Estratégia de Saúde da Família”, ressaltou.

O reitor da UFMG, Clélio Campolina, encerrou saudando as relações entre países da América Latina. “Muitas vezes, quando se fala em integração geopolítica, se fala em militarização. Eu espero que a integração latino-americana não siga essa lógica e seja realizada somente no campo das ideias e dos projetos, como esse curso que estamos lançando. Nosso horizonte deve ser uma sociedade mais justa, mais humana e menos militarizada”, defendeu.

MEDALHA

Durante a cerimônia, o ministro Alexandre Padilha e o reitor Clélio Campolina foram agraciados com a medalha do Centenário, concedida a profissionais que se destacam pela dedicação e contribuição à Faculdade de Medicina da UFMG. Além disso, todos os componentes da mesa da cerimônia receberam um exemplar do livro Centenário da Faculdade de Medicina da UFMG, organizado pelo professor Enio Roberto Pietra.

Fonte: Assessoria de Comunicação Social da Faculdade de Medicina da UFMG

 

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